O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo.O amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Esse medo tão inútil nos vem e nós nos entregamos por um tempo,mas sempre aparece um novo amor e tudo muda.
É impossível recusar um novo amor e mesmo sabendo disso nós tentamos nos afastar.
O pavor de sofrer novamente nos dá pânico e nos faz recuar,dizendo não,mesmo querendo se entregar.
É por esse medo que nós sempre estamos iludidos achando que estamos bem e não estamos.
É por esse medo que deixamos várias vezes escapar a única pessoa que poderia nos fazer feliz.
É por esse medo que muita coisa está mudada e que nossos corações não acreditam mais em um sincero amor.
(Martha Medeiros e modificações)
"Tá com medo de amar, é?
Tá com medo do amor e aí?
Deixa a página virar, é
Deixa o coração em flor se abrir"
Tá com medo do amor e aí?
Deixa a página virar, é
Deixa o coração em flor se abrir"
Medo de amar - Claus e Vanessa
